sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Sempre tive um grande problema: economizar o que é bom. Se eu gosto muito de alguma coisa, não tenho coragem de usar até o final, comer primeiro ou usar indiscriminadamente.
Quando se trata de perfume ou maquiagem, nunca tenho coragem de usar até acabar. Fico guardando aquele restinho pra uma ocasião especial ou até que eu compre outro igual. Nunca como o que eu gosto primeiro, guardo sempre um pedacinho pra última bocada.
Pra vocês terem noção, na época em que ainda era uma raridade, ganhei um galão de combustível no FarmVille. Pode rir, mas eu guardei ele na minha caixinha de presentes até a época que virou festa do caqui e a gente começou a ganhar combustível de tudo quanto é canto.
Não é por sovinismo, mas eu sempre acho que se eu gastar tudo de uma vez, no dia seguinte vai fazer falta. Sabe aquela tia velha que guarda tudo quanto é cacareco porque passou necessidade na época da guerra? Sou eu, só que sem a justificativa pro comportamento. =P TOC justifica?
Quando eu era criança, ganhei um estojo de guache da Caran D'Ache, igual a esse aí da foto. E sabendo que era coisa chique, caro e importado (antigamente essa palavre tinha mais glamour), usei com tanto dó e parcimônia que ele ainda existe. Minha mãe estava arrumando os armários e achou ele guardado lá no fundo.
O único destino lógico pra esse estojo é dar pro Lucas. Confesso que estou morrendo de pena em fazer isso porque sei que ele não vai nem dar bola pra toda a carga sentimental (HUAHUAHUA) contida naquilo e vai pintar papel, parede e cabeça sem dó nem piedade. Vai usar o amarelo depois do preto sem lavar o pincel direito. Vai gastar de uma vez a cor que ele mais gosta, sem se preocupar que depois vai ficar sem.
No fundo, a verdade é que ele vai brincar, vai se divertir de verdade. Vai viver aquele momento, sem se preocupar se amanhã ainda vai ter tinta pra ele brincar.
Sabe porque ele vai fazer isso? Porque é assim que quem é feliz vive.
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